Bebês e crianças podem ser acometidas por doenças oculares tanto quanto adultos, porém, são mais difíceis de serem identificadas. Isso porque eles não conseguem relatar, precisamente, o incômodo ou ainda não sabem falar. Como é o caso do retinoblastoma, doença infantojuvenil que afeta os olhos de crianças bem pequenas.
O que é retinoblastoma?
O retinoblastoma é um tipo raro de câncer que pode surgir em um ou nos dois olhos do bebê. Esse é o tipo de câncer de olho infantil mais comum e é classificado como um tumor maligno, de categoria grave, que se desenvolve na retina e provoca algumas alterações visuais. Entretanto, quando é diagnosticado cedo, o tratamento é simples e não deixa sequelas.
Causas
A principal causa da doença é a hereditariedade. As crianças herdam a mutação do gene Rb1, presentes em todas as células do corpo humano. O retinoblastoma é mais comum em crianças na faixa etária de 2 a 5 anos de idade, porém, pode ocorrer em bebês com menos de um ano.
Tipos de retinoblastoma
Há três tipos de retinoblastoma, são eles:
- Esporádico: é unilateral, ou seja, tumor intraocular se desenvolve em apenas um olho. Ele aparece quando uma célula sofre mutação e se multiplica muito rapidamente;
- Hereditário: nesse caso, o tumor surge devido a uma mutação genética hereditária. Pode ser unilateral ou bilateral e ocorre mais frequentemente em crianças com menos de um ano de idade;
- PNET (Tumor Neuroectodérmico Primitivo): também chamado de retinoblastoma trilateral, pois está relacionado às células primitivas do cérebro e só atinge criança com herança genética bilateral.
Sintomas: quais são e como identificá-los
A doença pode ser identificada por meio do teste do olhinho. Esse exame é específico para analisar se o bebê possui alguma alteração na visão e tratar o mais rápido possível, caso haja alguma doença.
A maneira mais comum de reconhecer a retinoblastoma é observando a leucocoria que a doença causa. Trata-se de um reflexo branco no olho, conhecido popularmente por “olho de gato” e ocorre por conta da massa do tumor que provoca o deslocamento da retina. Esse reflexo pode ser identificado em fotos com flash.
Outros sintomas:
- Estrabismo;
- Heterocromia;
- Olhos constantemente vermelhos;
- Dificuldade de enxergar (pode ser notado quando a criança apresenta dificuldades ao tentar pegar um objeto).
Quando a doença já está mais avançada, a criança pode apresentar:
- Vômito e dores de cabeça;
- Dor nos olhos;
- Proptose (globo ocular maior do que o normal);
- Perda de visão (parcial ou total).
Tratamento
Por fim, o tratamento vai depender do estágio que o câncer esteja. Em casos menos desenvolvidos, que são os mais comuns, o procedimento é feito com o uso de laser para diminuir o tumor. Outra técnica utilizada é a aplicação de frio no local.
Para os casos mais graves, é necessário a realização de quimioterapia. Quando esse tratamento não pode ser realizado, pode ser feita a cirurgia para a retirada do olho.
Por fim, é necessário ressaltar que, quanto mais cedo for diagnosticado o retinoblastoma, maiores são as chances de cura.
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